No dia 8 de Abril de 2017 aconteceu o TEDxCESUPA com a temática Coexistir. O evento realizado na manhã e tarde de sábado no Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), localizado na Governador José Malcher – Nazaré – Belém – PA, teve como objetivo, assim como o intuito da criação do TEDx, divulgar e ajudar comunidades, organizações e indivíduos a estimularem conversas e conexões através de experiências.
A temática Coexistir nos trouxe experiências de pessoas que contaram as histórias de suas vidas e como descobriram a necessidade de se interligar/conectar mais profundamente a sua comunidade, família, natureza e/ou a si mesmo. Demonstraram como é importante a coexistência entre os seres humanos, em si, e o que está ao nosso redor, pois fazemos parte de um todo, que precisa se unir para que a vida seja plena e completa.
A professora Elizabete Pires foi a primeira convidada a compartilhar conosco um pouco da sua história de vida. Durante sua graduação na UFPA, teve a oportunidade de realizar uma pesquisa de campo na cidade de Altamira durante o projeto de construção da Usina de Belo Monte. De acordo com a professora, apesar da intensa divulgação nas mídias acerca dos benefícios da Usina de Belo Monte, a população sofreu bastante e ainda sofre com os problemas decorrentes das obras.
Qual o seu código terra? Essa foi a pergunta deixada pela jornalista, fotógrafa, permacultora e conselheira ambiental Henny Freitas. É sabido que somos constantemente estimulados a consumir e dessa forma geramos lixo e mais lixo. No contexto de equipamentos eletrônicos, estes tornam-se obsoletos depressa demais. Tenho amigos que trocam de celular sempre que é lançado um novo modelo da mesma marca, e a pergunta que fica é: o que faremos com todos esse lixo gerado? Destruímos recursos naturais para satisfazer as necessidades que antes sequer existiam. Henny freitas tem várias iniciativas bem interessantes relacionadas à consumo consciente, reciclagem e design social. Vou deixar o link de dois projetos bem legais como fonte de inspiração, me refiro ao Barco Iris e o Earth Code.
Quem nunca pegou um engarrafamento nos dias atuais? Quando você percebe que ficará praticamente parado por um longo tempo, estando cansado, com fome, esse estresse diário é um fato muito triste que todos passamos e até pensamos que é algo que não tem jeito, não dá pra mudar, sem solução. A Emmanuelle Athayde e o Murilo Rodrigues contaram pra gente um pouco das suas experiências no projeto Bike Anjo. É uma iniciativa fantástica que corresponde a uma rede de ciclistas apaixonados por bikes que ajudam outras pessoas a aprender a pedalar. Já tô juntando um dinheiro pra comprar uma bike pra mim :D. Eis o site projeto Bike Anjo.
Considero a Internet uma das sete maravilhas do mundo, pelo fato de que tudo o procuro eu encontro, se não encontro de imediato, certamente não estou procurando direito. Nesse mar de informações, encontrar fontes confiáveis é um fator importante no que se refere a veracidade das informações. Quando o assunto pesquisado envolve principalmente questões políticas, me sinto uma verdadeira refén, pois fica extremamente difícil encontrar fontes sinceras para obter informações, as próprias manchetes das notícias em sua maioria já são bastante tendenciosas. Fiquei imensamente maravilhada com o projeto Jornalistas Livres apresentado pela jornalista Laura Capriglione, uma das fundadoras do projeto. A iniciativa conta com uma rede de colaboradores que se organizam para criar narrativas sérias, condizentes com a credibilidade jornalística.
Histórias inspiradoras como a de Joanna Martins, empresária do ramo da gastronomia paraense para o restante do mundo. O Professor Michel Pinho nos apresentou uma Belém bem diferente da que conhecemos hoje. Assunção do Socorro (Cacau) é uma liderança do arquipélago do Marajó, ele compartilhou um pouco das dificuldades, belezas e cultura do Marajó. Carisma e simpatia da artista e escritora Heliana Barriga, ela compartilhou um pouco da sua história e por que decidiu se dedicar a arte lúdica para crianças. E por fim, a última palestra foi da professora Socorro Simões, que compartilhou conosco seus aprendizados com o funcionamento do campus flutuante da UFPA.
Todas estas histórias de vidas admiráveis, decididas e determinadas nos inspiraram e fizeram pensar em nossas próprias, em como estamos coexistindo e por que não existindo. E como nosso horizonte independente de idade e/ou viagens pode ser limitado racional e emocionalmente. Nos fez sair de nossas bolhas, nosso mundo egoísta de escolhas e pensamentos baseados em nossas vidas sem nos atentarmos que coexistimos neste planeta e o que fazemos reflete em outros e se propaga até voltar até nós.
O Tá safo! que visa a melhoria de processos de desenvolvimento de software e promoção e uso de tecnologia abertas também abriu a mente, e saímos de nossa bolha tecnológica, para utilização de tecnologias e processos em coexistência com a comunidade. Utilizando estas como ferramenta de transformação de histórias e vidas, que individualmente precisam se ajudar e interligar, simplesmente coexistir.
Autoria do texto: Larissa Guimarães, Lourdilene Souza, Paula Moraes.
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